A Igreja Católica deixou claro nesta quarta-feira (12 de fevereiro, de 2020): tão cedo, a região amazônica não vai ter padres casados e nem mulheres sacerdotes.
O Papa Francisco descartou a ordenação de homens casados e de mulheres na Amazônia. As propostas tinham sido discutidas no Sínodo da Amazônia, em 2019.
O Papa Francisco nem mencionou o tema da ordenação de homens casados no documento apresentado nesta quarta-feira (12) no Vaticano. Mas, para compensar a falta de sacerdotes na região, Francisco pediu que os bispos mandem mais padres para a Amazônia e deu mais funções aos diáconos.
E afirmou que só os sacerdotes podem dar a comunhão e celebrar missas.
A restrição ainda mais clara foi às mulheres, que não poderão rezar missa. O Pontífice quer maior atuação feminina na igreja, mas sem torná-las sacerdotes.
A exortação apostólica pôs no papel as conclusões do Sínodo dos Bispos da Amazônia, realizado em outubro de 2019, no Vaticano.
O Papa demonstrou grande preocupação com os pobres e indefesos do território, que envolve nove países.
No documento de 40 páginas, Francisco falou dos sonhos dele para a Amazônia: que a voz dos mais pobres e dos povos nativos seja ouvida.
O Papa sonha com uma Amazônia que preserve as riquezas culturais e afirmou que os interesses na madeira e na mineração expulsaram os povos indígenas, os ribeirinhos e os afrodescendentes e que isso provocou a migração dos indígenas para as periferias das cidades, onde encontram as piores formas de escravidão e miséria.
Depois de muita pressão dos cardeais e bispos conservadores, e até do Papa emérito Bento 16, através de um texto publicado em janeiro, em defesa do celibato, o Papa Francisco tomou decisões para reconciliar a igreja, que parecia próxima de um novo cisma.
O secretário especial do Sínodo da Amazônia, cardeal Michael Czerny, afirmou ao site oficial do Vaticano que a possibilidade de ordenar homens casados pode ser discutida pela Igreja.
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