06/08/2020

ARIRANHA - Vereadores cassaram o mandato do prefeito Cicatto

A cassação ocorreu com a aprovação do relatório de uma Comissão Processante  que investigou fraude em licitação na compra de medicamentos em Farmácia particular  
      
  A Câmara de Vereadores, de Ariranha do Ivaí, cassaram o mandado o prefeito Augusto Aparecido Cicatto, eleito pelo PT. A votação, que culminou com a decisão polêmica, aconteceu nesta noite de quinta-feira, dia 06 de agosto, de 2020, no plenário do poder legislativo, onde os parlamentares votaram o extenso relatório de uma Comissão Processante (C.P.), que apurou a compra irregular de medicamentos, seguida de um suposto calote público, em uma farmácia da cidade. Dos 07. A sessão estava marcada para o dia 04 de agosto, mas não ocorreu por conta de um imbróglio criado por um dos vereadores, o Thiago Epifanio da Silva, eleito pelo PSC. Ele queria assumir o comando da sessão, alegando que o atual presidente, José Aparecido de Oliveira (Zezinho do Ônibus), estava impedido por que ele chegou a ser citado durante o procedimento de apuração dos fatos, portanto, seria parte interessada. José não passou o comando da reunião e justificou que tal fato já havia sido questionado na justiça, e o Juiz de Direito da Comarca de Ivaiporã, Dr José Chapoval Cacciacarro, já havia afastado esta dúvida, inclusive sua decisão foi confirmada em Curitiba. Thiago também foi acusado de tentar suspender as sessões, alegando risco por conta da Pandemia do Covid-19; e ainda, se colocando como presidente, teria, inclusive, adiado a data da intimação para que o prefeito comparecesse na sessão e apresentasse a sua defesa, conforme reza o protocolo. Uma das suspeitas, é que Thiago estava tentando adiar a votação, devido ao prazo de 90 dias, que estava prestes a vencer. Tiago negou todas essas afirmações acima. Na sessão de julgamento ele e o vereador Fabricio Dolla dos Santos, eleito pelo PSDB, não compareceram. Não temos informações de qual foi a justificativa. Na sessão deste dia 06 de agosto, o prefeito foi convocado para apresentar sua defesa, assim como os seus defensores, mas como não compareceu, foi convocado um defensor público, sendo ele, um advogado de Ivaiporã. Os legisladores que cassaram Cicatto, entenderam que ele cometeu pelo menos três irregularidades, entre elas, infringiu a Lei de Responsabilidade Fiscal e a lei de licitações. Com a cassação, o vice Carlos Bandieira de Mattos, foi convocado, ainda na noite de 06 de agosto, para assumir o cargo - clique aqui - e veja a primeira entrevista com Carlos Bandieira. A defesa de Cigatto deve recorrer e voltar ao cargo por foça de liminar. SOBRE A ACUSAÇÃO - No dia 22 de abril, de 2020, o ex-prefeito Silvio Gabriel Petrassi, fez o requerimento para abertura de uma comissão, na Câmara Municipal de Vereadores, para investigar o prefeito Augusto Cicatto. Por telefone, Petrassi disse ao repórter Ronaldo Alves Senes, o "Berimbau", que um comerciante da cidade, conhecido como "Neno da Farmácia", o procurou algumas vezes, dizendo que havia vendido, cerca de 40 mil reais em medicamentos para a prefeitura, e que não estava conseguindo receber a conta. O empresário chegou a procurar advogados para saber qual caminho tomar, mas por fim, decidiu denunciar o fato ao Ministério Público, em Ivaiporã. "Sabendo que este comerciante e outros estavam sendo prejudicados em Ariranha do Ivaí, eu tomei as dores deles e entrei com a denúncia na Câmara Municipal de Vereadores. Tem outras denúncias que devem chegar, nos próximos dias, e é lamentável que isto esteja ocorrendo", disse Petrassi. Segundo informações, após a denúncia apresentada, somente dois vereadores votaram contra: Thiago Epifanio da Silva e Fabrício Dolla dos Santos, mas com os votos dos demais, o requerimento foi aceito. RESPOSTA DO PREFEITO - O prefeito Augusto Cicatto, disse, já desde a primeira reportagem do Blog do Berimbau, que a denúncia já foi feito no Ministério Público e não procede. Afirmou inclusive que já respondeu o MP, alegando que todos os itens comprados, dentro da vigência do contrato estabelecido com a empresa, foram pagos e não reconhece a tal dívida de 40 mil reais e colocou em dúvida até a conduta do comerciante. A equipe do prefeito ainda disse acreditar que tudo não passa de uma jogada política. Clique aqui para rever a primeira matéria sobre o tema, inclusive com depoimento do acusador Silvio Petrassi.  
           Assista a live completa da sessão de Julgamento           

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