18/10/2020

Governo zera alíquotas de importação de soja e milho para tentar conter preços

  A Câmara de Comércio Exterior zerou as tarifas de importação da soja e do milho para tentar conter a alta de preços no setor de alimentos. Nos pratos principais do restaurante de Rayner Piau não dá para abrir mão do óleo de soja. O preço do produto disparou nos últimos meses e para bancar essa diferença, ele está gastando R$ 800 a mais por mês. E, agora está difícil até de comprar em grande quantidade. “Além da limitação de compra, a cada semana que passa, está em falta em vários lugares e com um preço ainda muito mais alto toda semana”, diz. De acordo com o IBGE, o óleo de soja foi o item da cesta básica que ficou mais caro este ano. De janeiro a setembro, subiu 51%. O Brasil é o maior exportador de soja do mundo. Os produtores estão aproveitando o momento de dólar alto e vendendo ainda mais para outros países. Com isso, o mercado interno tem menos produto. E vale aquela lei que todo mundo conhece: muita procura e pouca oferta, o preço dispara. Para tentar conter a alta dos preços, o governo zerou até 15 de janeiro, a alíquota de importação de soja em grãos, farelo e do óleo de soja. E isentou até o fim de março, a alíquota do milho. Essas tarifas variavam de 6 a 10 %. Não se tem ainda o impacto dessa medida nas prateleiras, e economistas dizem que não há garantia de uma queda nos preços só pelo fim da tarifa. De acordo com eles, o que pesa mais é que a soja é cotada em dólar e o real está desvalorizado em relação à moeda americana. “Vão vender para o Brasil pelo preço em dólares desse produto, pela cotação em dólares desse produto no momento. e o importador desse produto vai fazer essa conversão para reais e vai ter um preço muito mais caro desse produto hoje do que tinha há oito meses atrás, há seis meses atrás, porque houve uma alta muito expressiva do dólar nesse período”, destaca Mauro Rochling, economista e professor da FGV.  (Jornal Nacional) 

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