11/12/2020

ELEIÇÕES - "Digital do Eleitor - Quando as urnas falam, gritam e sussurram"

Nilso Paulo – advogado/Prof.
UEL e Fac.Catuaí
    Virou frase comum: Estamos vivendo a transformação digital, é o “novo normal”. Não se pode deixar de analisar o ano das eleições municipais, quando mais uma vez foi na urna eletrônica e na digitação todas as escolhas de eleitos. Finalizado o segundo turno de eleições, nas 57 cidades que retornaram às sessões eleitorais para a definição de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores nos 5567 municípios brasileiros no Brasil, (ainda falta um município Macapá) fecha também mais um capítulo da construção do estado democrático de direito, confirmando a norma definida na constituição federal brasileira, do regular processo de escolhas. Quando analisado o resultado das urnas, o que deve ser encontrado no fim do processo eleitoral é a presença do eleitor, é a esperança do eleitor, é o sonho do eleitor, é a vida do eleitor, o que deve ser visto é a digital do eleitor, o real dono de todo poder administrativo do estado. Na era digital todas as urnas na ponta da digital do eleitor falam, gritam e sussurram, para todos os brasileiros, candidatos e eleitores. As urnas falam normalmente quando os resultados são aqueles de fato esperados por todos e na exata modalidade legal, quando a coerência entre o programa apresentado e o entendimento do eleitor são convergentes e se encontram no voto, as urnas falam quando elegem os nomes que cumpriram as regras para fazer o que precisa e pode ser feito, ou seja, oportunizar ao povo viver com dignidade, e igualdade de participar pontualmente na organização da sociedade por um equilíbrio de justiça econômica e social; As urnas gritam quando elegem em protestos, nomes sem nenhum compromisso com a comunidade, nomes meramente folclóricos apenas como um aviso. Gritam contra os nomes que são colocados “goela a baixo” do eleitor, por conta de compromissos que não atendem as necessidades da população, as urnas gritam contra o sistema; As urnas sussurram, quase não falam, quando o eleitor deixa de comparecer ao local de votação para escolher um dos nomes colocados, ou quando comparecendo deixa sua marca com o voto nulo ou branco. Sussurram, falam baixinho para que o candidato entenda de uma vez por todas que o real dono do poder é o eleitor, é o povo e não o candidato que pensando ser o mágico de palavras e atos enganosas, não se preocupando com as reais e possíveis necessidades da sociedade. Na era digital a eleição com controle biométrico, não aconteceu. Porém todas as urnas deram seu recado, e o candidato eleito ou não precisa antes de mais nada, entender todas as falas, todos os gritos e todos os sussurros emanados ao final do processo eleitoral. Na era digital o recado continua o mesmo da era analógica, o poder é para todos, é o normal de sempre. (Nilso Paulo – advogado/Prof. UEL e Fac.Catuaí)

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