23/11/2022

Protestos na Coamo Cruzmaltina, Faxinal, Manoel e outras unidades

Agricultores protestam contras o resultado do pleito eleitoral e também contra o PL do governo do Paraná com aumento de impostos para o Agro
Na região Vale do Ivaí e região Central do Paraná, algumas cooperativas, em especial a COAMO, estão sendo alvo de protestos realizados por pessoas ligadas ao agronegócio e outros seguintes. Na maioria dos municípios, o argumento principal é a contestação do resultado do pleito eleitoral. "Aqui em Faxinal, trouxemos os maquinários para demostrar nossa indignação. Não fechamos a cooperativa, o atendimento está normal, mas não vamos deixar sair produto para exportação. Já a ração, insumos e outros produtos, a compra e venda está funcionado também normalmente", disse um dos manifestantes. Já no entreposto de Cruzmaltina, produtores do município e também de cidades, como Borrazópolis, se organizaram para levar tratores e maquinários, logo pela manhã, deste dia 23 de novembro. Em Manoel Ribas, na região central, e também em outras regiões do Paraná, o mesmo aconteceu. OUTRO PROTESTO - No mesmo protesto, os produtores também constatam contra projeto do Paraná, de criação do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado (FDI-PR). Na prática, se aprovado pelos deputados estaduais, vai impor novas taxas sobre a comercialização de commodities. O texto encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep) destaca a porcentagem que, na taxa do agro paranaense, cada produto teria de contribuir para o fundo. Na soja, por exemplo, seriam 32,66%. Para o milho, o projeto fala em 14,95%. Cabeça de bovino macho (42,18%), cabeça de bovino fêmea (33,84%), trigo (18,5%), mandioca (11,22%), suínos (4,78%), cana-de-açúcar (1,36%), toras de madeira (0,71%) e frango (0,09%) são outros itens mencionados para uma futura taxação, segundo informações do jornal Valor Econômico. De acordo com a proposta, que ainda não tem previsão de data para ir à votação na Alep, a taxa do agro do Paraná seria implementada por meio da já existente Unidade Padrão Fiscal do Paraná (UPF-PR), atualmente em R$ 127,06. Dessa forma, as cobranças ficariam de R$ 0,90 a R$ 41,49 por tonelada sobre produtos agrícolas. Na pecuária, os valores ficariam de R$ 0,11 a R$ 53,99 por animal. Na mensagem encaminhada à Assembleia Legislativa, o governador Ratinho Júnior disse que projeto é destinado a financiar “o planejamento, estudos, execução, acompanhamento e avaliação de obras e serviços de infraestrutura logística em todo o território paranaense” para dar “maior competitividade aos estabelecimentos produtores, indispensável diante o avanço da integração dos mercados e, consequentemente, do acirramento concorrencial”.

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