03/05/2023

Operação da PF mira Bolsonaro no inquérito das "milícias digitais"

  Nesta quarta-feira, 3, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Venire para investigar uma organização criminosa suspeita de inserir informações falsas de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. O grupo teria agido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 para emitir certificados de vacinação, que foram usados para burlar as restrições sanitárias impostas pelos governos brasileiro e americano. Segundo o Portal Jovem Pan, a operação ocorre dentro do inquérito das “milícias digitais” que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). A PF cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Entre os presos está o tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A polícia também cumpre mandados no condomínio em que Bolsonaro mora desde que retornou ao Brasil. Os militares Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, seguranças próximos do ex-presidente, também foram presos. O material apreendido nas buscas está sendo analisado e testemunhas estão sendo ouvidas. Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção de menores, associação criminosa, infração de medida sanitária preventiva e inserção de dados falsos em sistemas de informação. RESPOSTA - O ex-presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan News, em que negou ter cometido qualquer adulteração em seu cartão de vacinas contra a Covid-19. A entrevista aconteceu após a Polícia Federal realizar uma operação de busca e apreensão em sua residência nesta quarta-feira, 3, durante a Operação Venire. Bolsonaro afirmou que não se vacinou contra a Covid-19 por uma "visão pessoal", e que a operação da Polícia Federal foi feita "para esculachar". O político ainda ressaltou que poderiam perguntar sobre seu cartão de vacinação e ele responderia sem problemas. O ex-presidente também explicou que o cartão de vacina de sua esposa Michelle foi encontrado pela Polícia Federal, mas que ela foi vacinada nos Estados Unidos em 2021, com a vacina da Jassen, e teve uma reação negativa após a imunização. Segundo Bolsonaro, Michelle teve uma crise no ano passado e o médico afirmou que a causa seria a vacina. Durante a entrevista, o ex-presidente se emocionou ao falar sobre sua esposa e criticou a operação da Polícia Federal, afirmando que a pressão que ele e sua família enfrentam é desumana. "Fico emocionado porque mexer comigo é sem problemas, mas quando vai para esposa e filhos é desumano", afirmou Bolsonaro.

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