Documento do Vaticano abre possibilidade de mulheres diaconisas na Igreja

Nesta terça-feira, 9 de julho, a Agência Brasil e outros portais de notícia em todo  mundo, deram  destaque para o fato de o Vaticano divulgar um documento que abre a possibilidade de permitir que mulheres atuem como diaconisas na Igreja Católica. A medida surge poucas semanas após o Papa Francisco ter descartado uma mudança nesse sentido. Ampliar a participação feminina na hierarquia eclesiástica é uma das questões centrais a serem discutidas em uma cúpula de bispos conhecida como sínodo. A primeira sessão do sínodo, realizada no ano passado, não chegou a uma conclusão. Agora, um novo documento de trabalho, publicado hoje, orientará as discussões na segunda e última sessão, prevista para outubro. "O documento indica que algumas Igrejas locais defendem a inclusão das mulheres no ministério diaconal, enquanto outras mantêm sua oposição à ideia." Embora as diaconisas não estejam oficialmente na agenda do sínodo, o documento sugere que a reflexão teológica sobre a questão deve continuar "em um tempo e maneira apropriados." Atualmente, os diáconos, assim como os sacerdotes, são ministros ordenados e, conforme as normas vigentes da Igreja, devem ser homens. No início do cristianismo, existiam mulheres diaconisas, mas seus papéis específicos são pouco conhecidos. Os diáconos não têm permissão para celebrar missas, mas podem pregar, ensinar, batizar, conduzir cerimônias de casamento, velório e funeral, além de administrar paróquias. O documento do Vaticano também sublinha a importância de reconhecer mais significativamente o papel das mulheres na Igreja, afirmando que "em virtude do batismo, elas desfrutam de plena igualdade."