Durante uma ação policial na noite de sábado (22 de março), a equipe ROCAM da Polícia Militar de Apucarana prendeu um homem suspeito de tráfico de drogas na Rua Quinze de Novembro, no bairro Vila Regina. A operação foi montada com estratégia, já que o bairro é conhecido por intenso movimento do tráfico e possui geografia que favorece a fuga de suspeitos. Três policiais se deslocaram a pé pelos trilhos da ferrovia da empresa RUMO, enquanto outros dois seguiram de viatura, com o objetivo de encurralar os suspeitos. Ao avistarem a chegada da PM, cerca de cinco indivíduos tentaram fugir, ignorando a ordem de abordagem. Um deles correu por dois quarteirões, pulando muros de residências e conseguiu escapar. Outro foi detido após quebrar o próprio celular. Durante a revista, com o abordado foi encontrada uma carteira de cigarro contendo uma porção grande e outras menores de crack, totalizando 9,8 gramas — quantidade suficiente para render aproximadamente 50 pedras. Também foram apreendidos um pote plástico (tipo Kinder Ovo) com duas lâminas de barbear, utilizadas para fracionar o entorpecente, e outro celular pertencente a um dos fugitivos. Mesmo com o direito ao silêncio garantido, o suspeito confessou o tráfico e revelou detalhes: afirmou que em apenas uma semana e meia vendendo drogas no bairro, comprou uma casa de R$ 115 mil e um carro da marca Citroën. Disse ainda que vende cada porção por R$ 10, trabalha para seu chefe e se identificou como o "01", ou gerente do tráfico na Vila Regina. O suspeito relatou também que recebe pagamentos via Pix, como forma de dificultar o flagrante, e por isso quebrou o celular antes da prisão. Segundo ele, costuma adquirir pequenas quantidades de entorpecente (10g) justamente para alegar que é usuário caso seja abordado. Durante o relato à PM, ainda zombou da Justiça, dizendo já ter sido preso três vezes na semana e que ficou apenas um dia preso na última ocasião. Mencionou ainda uma desavença com outro chefe do tráfico, do bairro Fraternidade, que inclusive já teria efetuado disparos contra ele. Diante dos fatos, foi dada voz de prisão, com uso de algemas conforme prevê a Súmula Vinculante nº 11 do STF, e o suspeito foi encaminhado à autoridade policial de plantão.
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