MENSALEIROS: "José Genoíno e José Dirceu"

Médicos examinam José Genoíno e concluem que doença não é grave; já no caso de José Dirceu, advogados dizem que ele vai trabalhar em restaurante e ganhar 20 mil

Saiu na terça-feira (26 de novembro) o laudo sobre o estado de saúde do deputado licenciado, José Genoino - condenado no mensalão. É com base neste documento que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, vai decidir se autoriza o cumprimento da pena em prisão domiciliar. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, recebeu o laudo no meio da tarde.   Assinado por cinco cardiologistas da Universidade de Brasília e do Hospital Universitário de Brasília, o relatório médico concluiu que José Genoíno é portador de uma cardiopatia que não se caracteriza como grave. Os cardiologistas disseram, três vezes, que não é imprescindível que o deputado licenciado permaneça em casa, que tenha tratamento domiciliar. Mas que deve se submeter a acompanhamento ambulatorial periódico, receber medicação anti-hipertensiva, e, tanto quanto possível, receber dieta com pouco sal, praticar atividade física aeróbica moderada, e ter restrição a influência de fatores psicológicos estressantes.  José Genoino está na casa de uma filha, em Brasília. Quando pediu o laudo, o ministro Joaquim Barbosa perguntava se era imprescindível o tratamento domiciliar.     Já o advogado de José Dirceu entregou nesta terça-feira (26) ao Supremo e à Vara de Execuções Penais, a documentação que mostra que o ex-ministro já arrumou um emprego: gerente administrativo em um hotel, no Centro de Brasília.  A carteira profissional já está assinada. Salário: R$ 20 mil. Por oito horas diárias de trabalho. Na ficha que ele preencheu, pedindo a vaga, diz que é católico e que nas horas de folga gosta de ler, assistir a filmes e viajar. Sobre o motivo de pedir aquele emprego, respondeu que é por necessidade e por que gosta da área de hotelaria. Empregado, como está em regime semiaberto, José Dirceu poderá deixar a prisão durante o dia. Só voltando à noite para dormir. Mas o juiz da Vara de Execuções precisa concordar com a contratação.