GREVE DOS CAMINHONEIROS

Protesto de caminhoneiros bloqueia rodovias em onze Estados

O protesto dos caminhoneiros bloqueou o trânsito em rodovias federais e estaduais em onze estados. A Justiça Federal em Pelotas, no Rio Grande do Sul, ordenou o desbloqueio de três rodovias federais do estado. O pedido foi feito na segunda-feira (23) pela Advocacia-Geral da União. A Justiça Federal de Minas Gerais também determinou a liberação de todas as rodovias bloqueadas. Os caminhoneiros reclamam do preço do diesel, do pedágio e do valor baixo do frete, mas a negociação de um acordo é difícil porque o movimento de protesto não tem uma liderança nacional única. Os caminhoneiros em greve são autônomos, que fazem fretes por conta própria, empregados e donos de transportadoras. Representantes de um comitê dessas categorias passaram o dia em reuniões com parlamentares em Brasília. Eles divulgaram uma carta em que reclamam que estão há dez anos sem aumento do frete. E pedem um valor mínimo: R$ 0,70 por eixo do caminhão por quilômetro rodado. Os caminhões podem ter até nove eixos. “O ideal, que a gente sabe que dificilmente o governo vai nos ceder nessa questão, é a redução no preço do combustível por um período, até que seja criado o frete mínimo”, afirma Ivar Schmidt, do Comitê Nacional de Transportes. Para o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros, a greve é justa, mas o movimento deveria ter uma coordenação maior. Os bloqueios nas estradas do país, além da presença de representantes dos caminhoneiros em Brasília provocaram uma reunião para discutir o assunto no Palácio do Planalto. Participaram os ministros dos Transportes, da Justiça e da secretaria da presidência, além da Advocacia-Geral da União. Nesta quarta-feira (25) representantes dos caminhoneiros e empresários vão ser recebidos no Ministério dos Transportes. O ministro Miguel Rossetto disse que o BNDES analisa mudanças no programa pró-caminhoneiro, que financia a compra dos veículos de carga e avisou que a redução do preço do óleo diesel não será discutida.