ORTIGUEIRA - Cortes constantes de energia geram reclamações

Moradores da zona rural dizem que as interrupções tem causado prejuízos e cobram providências e até intervenção política. A Copel nega que haja um problema previsível e diz que apagões foram aleatórios 

                 No município de Ortigueira, neste encerramento do ano de 2018, várias pessoas passaram a utilizar as redes sociais para fazer reclamação da Copel. Eles alegam que, com muita frequência, ou diante de qualquer tipo de intempere, há o corte no fornecimento de energia e, muitas vezes, há demora para o restabelecimento, causando transtornos e prejuízos. Na semana, que antecedeu o Natal, alguns moradores do Bairro dos Venâncios e localidades próximas, informaram que ficaram 24 horas sem energia. "O problema é que bastava a presença de um funcionário para bater uma chave e estava tudo resolvido, mas esse funcionário nunca chega. Sei que não é culpa dele, mas é culpa da empresa que não investe", reclamou um morador. Em um grupo de Whatsapp, denominado "Blog do Fartura", as reclamações são inúmeras. Como, por exemplo, moradores do Bairro Colônia, que também ficaram sem energia e perderam carne e outros produtos. Uma postagem que repercutiu na redes sociais, dizia que o autor era um cidadão e ele postou a seguinte mensagem, que vamos reproduzir na íntegra: "Entendo que os funcionários da Copel não tem culpa, porém a empresa, com a política de lucro, coloca pouquíssimos funcionários que não conseguem atender a demanda de um município que é o 3° maior em em extensão de terra do Paraná. Precisamos da força e empenho das autoridades políticas, da empresa Klabin, pois muitos apagões são devidos aos galhos de suas florestas. A Copel tem mais de 7000 mil clientes em Ortigueira, numa conta média de 100 reais cada, daria 700 mil por mês, porém, tem conta de empresas, como Auto Posto, que passa de 5.000 mil por mês. Das mais de 14 cerâmicas, passa de 15 mil em média, por mês, o valor da conta. A Copel deve arrecadar mais de 1 milhão no município e eu pegunto: porque não faz investimentos? É evidente que falta pressão política e empresarial para o município obtenha a solução deste problema que é o descaso", diz o desabafo do marador, cujo nome não divulgamos porque não conseguimos falar com ele antes de usar o texto. O vereador Nivaldo de Oliveira Mello, o "Nivaldo Fartura", informou que estava solicitando, via Câmara Municipal, um pedido formal de explicação para a Copel, alegando que a comunidade precisa de uma resposta diante dos sérios problema enfrentados. Também há  quem cobre responsabilização da Prefeita, dizendo que ela é a maior autoridade municipal e teria condições de fazer uma cobrança mais eficiente junto Copel, mas até a publicação desta reportagem, os reclamantes não tinham ouvido uma só palavra pronunciada pelo poder executivo, no sentido de debater a problemática. A assessoria da prefeita, negou, dizendo que não só este, mas todos os problemas de interesse da sociedade, são também de interesse da prefeita Lourdes. REPOSTA DA COPEL - Nossa reportagem manteve contato com a Copel e recebemos um retorno da equipe de Curitiba.  A assessoria informou que  um dos problemas ocorridos, em Ortigueira, nesta semana do Natal, foi um desligamento provocado por um suposto curto na rede, que pode ter sido causado por pássaros ou objetos, deixando mais de 20 unidades sem energia, na zona rural.  "Imediatamente religamos, mas o sistema não aceitou, porque uma chave estava aberta, então o que demorou foi para encontrar o problema. Além dessa questão, nada está fora da normalidade em Ortigueira", disse a assessora. Ela também informou que na véspera do Natal, houve chuvas fortes no Paraná, intemperes que provocaram transtornos em muitas regiões,  e isso também deve ter causando desligamentos no referido município, o que foge ao controle da empresa.  Sobre explicações na Câmara, afirmou que são bem vindas, porque é uma oportunidade de esclarecer o que realmente está ocorrendo. Com a Klabin, citada na reportagem, não conseguimos obter resposta até a publicação da matéria. Nossa reportagem continua acompanhando.   (Texto e matéria do Blog do Berimbau)