10/05/2019

CORRUPÇÃO -O ex-presidente Michel Temer preso em São Paulo

          O ex-presidente Michel Temer voltou para casa, na Zona Oeste de São Paulo, logo depois que os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, revogaram o habeas corpus que o mantinha em liberdade. “Decisão da Justiça se cumpre, primeiro ponto. Segundo ponto, é claro, eu a considero inteiramente equivocada sob o foco jurídico. Eu sempre sustentei que nessas questões todas não há prova. Vou defender os meus direitos até o fim”, afirmou o ex-presidente Michel Temer. Logo depois começou uma movimentação de amigos e advogados na casa do ex-presidente. Michel Temer é acusado pelo Ministério Público Federal de chefiar uma organização criminosa responsável por desvios nas obras da usina de Angra 3. Segundo o MPF, a empresa Argeplan, do coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, participou do consórcio vencedor da licitação para a obra da usina nuclear de Angra 3 apenas para repassar valores a Michel Temer. Os dois já tinham sido presos no dia 21 de março com outros três réus e foram soltos quatro dias depois. No começo da tarde, a juíza Caroline Vieira Figueiredo, que substitui o juiz Marcelo Bretas, que está de férias, expediu os mandados de prisão. No despacho, ela estabeleceu prazo até as 17h para que Temer e o coronel Lima se apresentassem espontaneamente à Polícia Federal e lembrou que uma regra do Supremo Tribunal Federal dispensa o uso de algemas em presos que não ofereçam risco. Pouco depois das 14h30, Michel Temer saiu de casa. Em um comboio escoltado por carros da PF, percorreu 12 quilômetros até a sede da Polícia Federal. O coronel Lima saiu de casa por volta das 16h com o rosto encoberto e levou cerca de 40 minutos até chegar à PF. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, acolheu o pedido das defesas e, um pouco antes das 17h, decidiu que o ex-presidente Michel Temer e o amigo dele, João Baptista Lima Filho, podem ficar presos em São Paulo. As defesas tinham pedido para que os dois não fossem transferidos para o Rio de Janeiro, onde corre o inquérito, alegando que os dois já prestaram depoimento à polícia e moram na capital paulista. A defesa do Coronel Lima não quis se manifestar.

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