GREVE PARANÁ - Primeiro dia da greve com baixa adesão no Vale do Ivaí

No núcleo de Apucarana, 60% das Escolas amanheceram com funcionamento normal, nas demais, faltaram alguns professores. Por Ivaiporã, a adesão foi ainda menor

No link de vídeo, ouça declarações do Governador Ratinho Junior 

   Na manhã, deste dia 25 de junho, dia marcado para o início da greve de professores, funcionários da educação e outras categorias, a adesão foi baixa em municípios do Vale do Ivaí. O Núcleo Regional Apucarana, informou a Rádio Nova Era e Blog do Berimbau, que até às 10 horas da manhã, 60% das escolas, estavam com funcionamento normal, inclusive, nos 16 municípios, todas as cidades menores, não aderiram ao movimento. Adesão maior, foi em Apucarana, onde quase todas as escolas amanheceram com funcionamento parcial; já Arapongas, iniciou a greve com a maioria das instituições em funcionamento normal. Em Ivaiporã, até a publicação desta reportagem, o núcleo não havia feito o balanço, mas a adesão foi menor que Apucarana. GREVISTAS - Em Nota a APP-Sindicato, informou que além dos(as) trabalhadores(as) da educação, outras categorias do funcionalismo estadual, que estão sem revisão salarial desde 2016 também estão entrando na greve. É o caso de policiais, médicos(as), enfermeiros(as), agentes penitenciários, técnicos(as) do meio ambiente, por exemplo. A reivindicação é de reposição de 4,94%, referente a inflação dos últimos 12 meses, e negociação dos atrasados. A defasagem passa de 17%. O sindicato ainda informou que prepara duas denúncias contra o governo Ratinho Junior (PSD) por perseguição aos(às) trabalhadores(as) e prática antissindical. As representações serão levadas ao Ministério Público (MP) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT). O objetivo é assegurar aos(às) professores(as) e funcionários(as) de escola o direito constitucional de participação na greve. EDUCAÇÃO - Por volta das 12 horas, a Secretaria de Estado da Educação, informou que a manifestação de servidores não afetou os serviços públicos do Estado na manhã de terça-feira (25). "Até o momento, nenhuma área relatou maiores dificuldades no atendimento à população. Na rede estadual de ensino, 2,4% das 2.143 escolas não tiveram atividade, enquanto outras 27% funcionaram parcialmente, com registro da ausência de professores e funcionários administrativos, o que não significa que os alunos ficaram sem atendimento", diz a nota.  . GOVERNO - Para contestar servidores, o governo informou que a média salarial das principais carreiras do funcionalismo no Estado, cresceu entre 8,2% e 33,9% entre os anos de 2016 e 2019. Também informa que mesmo sem a concessão de reajustes, o salário aumentou por conta avanços de carreira concedidos. O maior crescimento foi registrado entre 17 mil funcionários da rede estadual de educação. Na média, o vencimento deste grupo subiu de 3.319 para 4.443 reais em três anos. No mesmo período, os cerca de 60 mil professores do quadro próprio do Estado tiveram um aumento de cerca de 17% no salário médio, que passou de 4.460 para 5.215 reais. Na saúde, 6.762 servidores registraram um incremento de 19% nos últimos 3 anos, com a média salarial subindo subindo para 6.785 reais. Entre as principais categorias do Estado, também consta o aumento de 15% na carreira da Polícia Militar, com mais de 19 mil militares; de 12% do Quadro Próprio do Executivo, que tem mais de 8 mil servidores; e de 8% da Polícia Civil, com mais de 3.800 servidores. Em entrevista coletiva, em Londrina, antes da greve começar, o Governador Ratinho Junior, disse que é sua vontade dar o reajuste, mas que para fazer isto, neste momento, seria necessário aumentar impostos. As afirmações fora repudiadas pela categoria. - Clique Aqui para visualizar matéria mais ampla sobre a greve.