03/05/2020

BRASÍLIA - Depoimento de moro durou oito horas na Polícia Federal

           Foram oito horas de depoimento do  ex-ministro Sérgio Moro, na sede da Polícia Federal do Paraná, a delegados e procuradores, que faz parte do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente em investigações da PF. O depoimento de Sergio Moro começou por volta das 14h, de 02 de maio, de 2020. O ex-ministro foi ouvido na sede da Polícia Federal, em Curitiba, por delegados e procuradores da PGR que foram de Brasília em um avião da PF. Moro chegou numa viatura da Polícia Federal e entrou por um portão que fica nos fundos do prédio. Mais cedo, manifestantes a favor do ex-ministro Moro e outros a favor do presidente Jair Bolsonaro trocaram insultos. Um homem tentou agredir a imprensa. Ninguém se machucou. A segurança foi reforçada e os grupos, separados. A delegada Christiane Correa Machado, chefe do Serviço de Inquéritos Especiais, comandou o depoimento, que foi gravado. O ex-coordenador da Lava Jato em Curitiba, e atual diretor de investigação e combate ao crime organizado da Polícia Federal, Igor Romário de Paula, apenas acompanhou a oitiva. Por causa da pandemia do novo coronavírus, a PF determinou que Moro e os investigadores usassem máscaras e sentassem distantes, segundo a recomendação das autoridades de saúde. Sérgio Moro foi questionado sobre as acusações que fez na semana passada, quando deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Moro disse que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente em investigações da Polícia Federal. O depoimento deste sábado (2) foi determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello, que autorizou a abertura do inquérito para apurar as acusações de Moro. Celso de Mello deu cinco dias, até terça-feira, para que Moro fosse ouvido pela Polícia Federal. O prazo mais curto para Moro prestar o depoimento ajuda a blindar a investigação. Como a PF ainda está sem comando definitivo, não houve tempo para mudanças na estrutura da corporação. Nesta fase inicial do inquérito, os delegados podem marcar mais depoimentos e pedir também provas periciais, com a quebra de sigilos telefônicos, por exemplo. Em entrevista à revista Veja desta semana, o ex-ministro Sérgio Moro disse que tem provas da tentativa de interferência do presidente Bolsonaro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LEIA ANTES DE COMENTAR!
- Os comentários são moderados.
- Só comente se for relacionado ao conteúdo do artigo acima.
- Comentários anônimos serão excluidos.
- Não coloque links de outros artigos ou sites.
- Os comentários não são de responsabilidade do autor da página.

Para sugestões, use o formulário de contato.
Obrigado pela compreensão.

CARREGANDO MAIS POSTAGENS...