11/01/2021

ECONOMIA - Repercutiu a decisão da Ford de deixar de produzir no Brasil

Uma das notícias que mais repercutiu no dia 11 de janeiro, foi a decisão da Ford, de fechar as atividades no Brasil. Ela foi a primeira indústria automobilística a se instalar no país, em 1919. Se transformou em uma das quatro maiores montadoras do País. Uma das campeãs em vendas de veículos vinha fechando unidades, como aconteceu em 2019, quando encerrou a produção da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Agora é o fim, o encerramento total das atividades anunciado porque a empresa diz estar amargando o que classificou como "perdas significativas com a pandemia de Covid-19" que, segundo a montadora, "ampliou a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução nas vendas". Em carta aos concessionários, a empresa diz que a Ford América do Sul opera desde 2013 com ajuda da matriz, o que, segundo a empresa, não é mais sustentável. E que a recente desvalorização das moedas na região aumentou os custos industriais além de níveis recuperáveis. Serão fechadas imediatamente as fábricas da Ford em Camaçari, na Bahia, e em Taubaté, no interior de São Paulo. O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté fez uma assembleia na tarde desta segunda (11) com os funcionários, e disse que vai tentar negociar benefícios para os trabalhadores. A Ford informou que está negociando com os sindicatos dos trabalhadores medidas que ajudem a enfrentar o impacto do anúncio. Serão cerca de 5 mil demissões. A empresa diz ainda que vai continuar a fornecer serviços de assistência e garantia aos clientes. Os modelos que eram fabricados no Brasil vão continuar a ser vendidos até que terminem os estoques. A empresa anunciou que a maior parte das demissões vai acontecer mesmo no Brasil, que vai reduzir o número de funcionários na Argentina, mas a operação vai continuar lá e no Uruguai. A Associação dos Fabricantes, a Anfavea, disse que respeita e lamenta a decisão da Ford e que isso "corrobora o que a entidade vem alertando há mais de um ano sobre a ociosidade local, global e a falta de medidas que reduzam o Custo Brasil”. O Ministério da Economia afirmou que lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil; que a decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país; que muitos registram resultados superiores ao período pré-crise. O ministério afirma, ainda, que trabalha intensamente na redução do Custo Brasil com iniciativas que já promoveram avanços importantes, e que isto reforça a necessidade de rápida implementação das medidas de melhoria do ambiente de negócios e de avançar nas reformas estruturais.

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