01/12/2022

PCPR assina acordo com fundação para melhorar técnicas de interrogatório

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) assinou um acordo de cooperação técnica com a Fundação Merional (Imed), por meio do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Cognição e Justiça (CogJus), em um evento realizado nesta quinta-feira (1), em Curitiba. Ele tem como objetivo o desenvolvimento de pesquisa para avaliação e aprimoramento de técnicas de entrevista e interrogatório. A PCPR e a Fundação Meridional fornecerão conhecimentos e equipamentos próprios, sem repasse financeiro, para que o objetivo seja alcançado. Dentre as atribuições da PCPR, está a viabilização de servidores, espaço físico e virtual para treinamentos em técnicas de entrevista investigativa, expansão das ferramentas e soluções na área da Segurança Pública, desenvolvidas pelos acadêmicos da Imed, nos cursos de formação e habilitação, além da concessão de dados referentes aos assuntos que auxiliarão nas pesquisas acadêmicas da fundação. Para o delegado-geral adjunto da PCPR, Riad Braga Farhat, dominar técnicas diferentes de interrogatório e ter conhecimentos utilizados em outros países ajudarão as investigações e os inquéritos da PCPR. “Nossa principal função é elucidar crimes, localizar os autores e conseguir fazer prova contra eles. Um interrogatório bem feito, com técnicas apropriadas, poderá extrair do suspeito toda a verdade, seja ele culpado ou não”, complementa. Na questão da segurança pública, o delegado ressalta ainda que, com um interrogatório bem feito e provas sendo produzidas, os índices criminais tendem a diminuir, beneficiando a população. O coordenador do CogJus, William Cecconello, afirma que a PCPR é uma das pioneiras desse processo e o acordo garante um trabalho contínuo de auxílio aos professores de entrevista investigativa e desenvolvimento de materiais utilizados nas aulas. “Tendo um acordo de longo prazo, podemos verificar os novos desafios e trazer especialistas para que o diálogo entre instituições seja eficaz, auxiliando na implementação dessa técnica na PCPR”, afirma. PALESTRA – Durante o evento, o superintendente de polícia, professor no Norwegian Police University College e pesquisador no Centro Norueguês de Direitos Humanos (NICHR), Asbjørn Rachlew, e o detetive-chefe superintendente e professor associado do Norwegian Police University College, Ivar Fahsing, fizeram palestras. Os temas abordados foram a entrevista investigativa e suas diferenças com relação a outros métodos de interrogatório de suspeitos, possibilidade de implementar esse tipo de entrevista em diferentes culturas e as mudanças de paradigmas na entrevista ao redor do mundo, enfatizando a elucidação de crimes complexos. De acordo com o Asbjørn Rachlew, esse trabalho de partilhar conhecimentos promove justiça e é muito importante para a eficiência do trabalho policial. “Entrevistar vítimas, testemunhas e suspeitos é a ferramenta mais importante para a elucidação de crimes. A maneira como a polícia obtém e reúne essas informações têm um impacto significativo nas soluções dos casos e aumenta o grau de confiança entre a polícia e o cidadão”, afirma. Essas técnicas, segundo o superintendente, não são apenas norueguesas, mas sim globais e defendidas pelas Nações Unidas. “Sabemos que muitos países ainda não possuem esse conhecimento e é por isso que estamos viajando pelo mundo para difundir essa prática, para compartilhar nossas experiências, resultados e falhas”, esclarece. Ao todo 360 servidores participaram do evento, dentre alunos dos cargos de delegado e investigador do curso de formação técnico-profissional.

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