Gaeco e Receita Federal miram empresas fictícias em Grandes Rios

Na manhã desta terça-feira (27 de junho), uma operação denominada Falsa Impressão foi realizada em Grandes Rios, com o cumprimento de três mandados de busca e apreensão relacionados a uma organização criminosa. A investigação conduzida pela Receita Federal e pelo Ministério Público Estadual do Paraná (MP-PR), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), visa desarticular um esquema envolvendo a criação de empresas fictícias para emissão de notas fiscais fraudulentas e o transporte de cargas ilegais no estado. Entre os investigados, encontra-se um contador cujo nome não foi divulgado. Segundo a Receita Federal, as empresas eram criadas temporariamente e, em seguida, abandonadas para serem substituídas por outras no esquema criminoso. O papel do contador teria sido fundamental na criação dessas empresas fictícias em nome de pessoas interpostas, conhecidas popularmente como "laranjas". De acordo com as autoridades, o objetivo das notas fiscais frias era conferir uma aparência de regularidade ao transporte de mercadorias que entravam ilegalmente no país. O crime de descaminho, configurado quando as mercadorias circulam sem o pagamento dos devidos tributos, é diferente do contrabando, que envolve produtos proibidos. A operação conjunta entre a Receita Federal e o MP-PR representa um esforço no combate a esse tipo de crime organizado, que busca lesar os cofres públicos e prejudicar a economia do país. As investigações prosseguem para identificar todos os envolvidos e desmantelar completamente essa organização criminosa.