A queda de braço acontece com o Conselho Metropolitano da Central da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) em Cambé
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Rio Bom |
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Marilândia |
A polêmica envolvendo o Lar São Vicente de Paulo tem gerado controvérsia em diversos municípios da região. Recentemente, a Prefeitura de Rio Bom-PR, manifestou o desejo de desvincular o lar de idosos do Conselho Central da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP). Segundo uma matéria do portal TN Online, a decisão foi motivada após o conselho destituir a direção local e tentar transferir o imóvel do lar para o Conselho Metropolitano de Cambé. O prefeito Moisés Andrade (PSD) questionou a intervenção do conselho central, destacando que o lar foi fundado pelos moradores locais e financiado com doações da comunidade. Em resposta, a antiga diretoria acionou o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e obteve uma liminar que impede a transferência do imóvel avaliado em mais de R$ 1,5 milhão. O prefeito Andrade também buscou apoio junto à Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) para a elaboração de um projeto de construção de um novo prédio para o lar. O descontentamento com a atuação do conselho também se estende ao município vizinho de Marilândia do Sul. A ex-presidente do Lar São Vicente de Paulo, Oraci Araújo Borges, foi destituída do cargo por se recusar a transferir o imóvel para o conselho. Borges alega dificuldades financeiras enfrentadas pela instituição e questiona a falta de transparência do conselho em relação às mudanças administrativas. "Faz 40 anos que trabalho em prol do lar. O que existe hoje não é uma associação, é uma espécie de terceirização que está a quase 90 quilômetros daqui, dizendo que vai comandar o Lar. Nos últimos anos, a única preocupação deles foi receber os 2,5% do que arrecadamos, nunca perguntaram como estão nossos idoso. Estou triste não é porque outra diretoria vai assumir, porque o Lar não é meu, mas é forma como isso está ocorrendo. E me recusei a passar o imóvel para eles, porque ele não é meu, é de todos, é da sociedade", disse Oraci ao repórter Ronaldo Senes, o "Berimbau". O prefeito licenciado de Marilândia do Sul, Aquiles Takeda (PSD), expressou sua discordância com a destituição da diretoria e afirmou que a prefeitura irá apoiar o lar dentro do que for possível e legal. Takeda ressaltou a importância de um acompanhamento rigoroso da situação pelo Ministério Público. Em resposta às críticas, a Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) defendeu as intervenções, destacando a necessidade de profissionalização e equilíbrio financeiro dos lares. Segundo a SSVP, as mudanças visam garantir o acolhimento digno aos idosos e são fundamentadas em denúncias de má gestão e maus-tratos. A ex-presidente do lar de Rio Bom, Maria Novaes, rebateu as críticas do Conselho de Cambé, ressaltando seu histórico de dedicação à instituição e negando qualquer prática de maus-tratos. Novaes afirmou que estão em processo para retornar à direção do lar e expressou preocupação com a situação de crise enfrentada pela instituição desde seu afastamento.
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