02/02/2025

Bate-boca durante sessão na Câmara de Vereadores de Rosário

(Assista o vídeo)
  BERIMBALADAS - Uma sessão da Câmara Municipal de Rosário do Ivaí, realizada para discutir um requerimento de urgência relacionado ao reajuste dos servidores públicos, foi marcada por discussões acaloradas e uma decisão polêmica do presidente da Casa, 
Valdino Junior. O impasse aconteceu quando ele utilizou artigos do Regimento Interno e da Lei Orgânica do Município para impedir que vereadores com parentes na prefeitura participassem da discussão da matéria. O ponto central da controvérsia ocorreu quando o vereador Roberto Matos (Robertinho) solicitou a palavra para falar sobre o requerimento de urgência do projeto, que trata do Regime Geral dos servidores e não do Magistério. No entanto, o presidente da Câmara, Valdino, citou os artigos 50, parágrafo 7º, da Lei Orgânica do Município, e 84 do Regimento Interno para impedir que vereadores com familiares servidores públicos participassem da discussão. A decisão gerou revolta entre os parlamentares. Segundo alguns vereadores, o impedimento de manifestação valeria apenas na fase de votação do projeto, e não durante a discussão do requerimento de urgência. Além disso, argumentaram que a revisão salarial é um direito coletivo, e não um benefício específico para determinados servidores, o que descaracterizaria um possível conflito de interesse. Outro ponto levantado pelos parlamentares foi a contradição que ficou evidente. Mesmo com o impedimento alegado por Valdino, os vereadores que possuem familiares na prefeitura puderam participar da comissão de Legislação e Justiça e emitir parecer favorável ao projeto. No entanto, segundo o presidente, não poderiam debater a matéria em plenário. Em meio à confusão, os vereadores questionaram a legalidade da decisão e pediram esclarecimentos sobre a interpretação do regimento. O vereador Roberto Matos destacou que sua irmã, Rosângela Matos, primeira-dama e professora do município, faz parte do plano de carreira do magistério, e não do regime geral dos servidores. Por isso, ele afirmou que não poderia ser impedido de discutir ou votar a matéria. A discussão se intensificou quando vereadores passaram a argumentar que, se o critério do presidente fosse válido, o próprio projeto não poderia ter sido aceito, já que foi elaborado por um vereador cuja esposa também é servidora municipal. Diante do impasse, foi solicitado o acionamento do artigo 114 do Regimento Interno, que permite petição contra atos do presidente da Câmara. A situação chegou a um nível tão crítico que os vereadores passaram a acusar o presidente Valdino de arbitragem na condução da sessão. Houve comparações até com  governo de Nicolás Maduro, da Venezuela, em tom de protesto. Diante do acirramento da discussão e da falta de consenso, o presidente decidiu suspender a sessão por 10 minutos para tentar acalmar os ânimos. Com a retomada dos trabalhos, os vereadores ainda discutiam sobre a necessidade de garantir o direito de manifestação dos parlamentares e evitar novas decisões polêmicas que possam comprometer a transparência das votações na Câmara.  No vídeo, é possível entender um pouco mais do que ocorreu.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LEIA ANTES DE COMENTAR!
- Os comentários são moderados.
- Só comente se for relacionado ao conteúdo do artigo acima.
- Comentários anônimos serão excluidos.
- Não coloque links de outros artigos ou sites.
- Os comentários não são de responsabilidade do autor da página.

Para sugestões, use o formulário de contato.
Obrigado pela compreensão.

CARREGANDO MAIS POSTAGENS...