10/07/2025

Justiça homologa nova composição da Câmara de Vereadores de Mauá

A cidade de Mauá da Serra tem oficialmente uma nova composição na Câmara Municipal após decisão definitiva da Justiça Eleitoral, que cassou os mandatos de três vereadores eleitos em 2024 por fraude na cota de gênero. A recontagem dos votos foi concluída e homologada nesta quinta-feira (10 de julho de 2025), e os novos parlamentares já estão aptos a assumir os cargos nas próximas sessões. Perderam o mandato os vereadores Reginaldo Tintas e Sem Sangue, ambos do União Brasil, e Carlos do Churros, do PL. As chapas foram anuladas após o reconhecimento de candidaturas femininas fictícias nas eleições, desrespeitando a legislação eleitoral que exige o mínimo de 30% de candidatas mulheres. Com a exclusão dos votos das chapas irregulares, o Tribunal Regional Eleitoral recalculou os quocientes e redistribuiu as cadeiras da Câmara, definindo os seguintes nove vereadores titulares. MANTIDOS - Luciano Faísca (PP) – 317 votos; Edinho SL (PSD) – 233 votos; Tatu (PSB) – 218 votos; Leonardo Belinatti (PSD) – 212 votos e Juarez Miranda (MDB) – 183 votos. NOVOS: Nelson Granada (PP) – 187 votos; Gordo Laranjinha (MDB) – 175 votos e Fabinho da Bica (PT) – 164 votos. Com isso, os partidos PP, MDB, PSD, PSB, PODE e PT passam a compor a nova legislatura, enquanto União Brasil e PL ficam sem representação no Legislativo. A decisão do Tribunal reforça a aplicação rigorosa da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), que estabelece regras para garantir a representatividade feminina nos pleitos municipais. Candidaturas como as de Oneia Cordeiro dos Santos, com apenas um voto e sem sequer votar em si mesma, e Monique, do PL, com apenas dois votos, foram consideradas fraudulentas pelo TRE-PR. Apesar do recurso anunciado pela defesa dos partidos prejudicados, o efeito da decisão é imediato, e os vereadores cassados já estão fora dos cargos. A delegação de posse dos suplentes será conduzida pela Justiça Eleitoral nos próximos dias. A cassação não afetou o mandato do prefeito Givanildo Lopes (Giva), que havia sido inicialmente incluído na sentença de primeira instância, mas acabou absolvido pelo colegiado do TRE, permanecendo elegível. A nova formação da Câmara deve trazer reflexos significativos na condução política do município, com maior pluralidade partidária e rearranjos nas forças legislativas locais. Segundo informações, a maioria dos edis passou a ter origem em partidos da oposição.

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