10/07/2025

POLÍTICA - Mais detalhes da decisão de Trump de impor tarifa ao Brasil

Foto Agência Brasil 
Continua repercutindo a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou na quarta-feira (9 de julho) a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os EUA, a partir de 1º de agosto. Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Trump afirmou que a medida é uma resposta ao tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. No texto, Trump classificou o julgamento de Bolsonaro como uma “vergonha internacional” e acusou o Brasil de violar a liberdade de expressão de americanos, além de praticar um comércio "injusto" com os EUA. O presidente norte-americano também ameaçou elevar ainda mais as tarifas caso o Brasil adote retaliações.  Em publicação nas redes sociais, Lula declarou que o Brasil responderá com base na Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril deste ano. A legislação autoriza o governo a suspender concessões comerciais e impor restrições a importações de países que adotarem medidas unilaterais contra o Brasil. O presidente brasileiro afirmou que “a soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”. Ele rebateu também a alegação de déficit comercial dos EUA com o Brasil, afirmando que dados oficiais mostram superávit americano de US$ 410 bilhões nos últimos 15 anos. Trump também citou medidas do STF contra perfis ligados a Bolsonaro, com residência nos EUA, como justificativa para a nova política tarifária. Lula defendeu a independência das instituições nacionais, afirmando que processos são de competência exclusiva da Justiça brasileira. Na mesma carta, Trump anunciou a abertura de investigação contra o Brasil por supostos ataques às atividades digitais de empresas norte-americanas. Em resposta, Lula declarou que todas as empresas, nacionais ou estrangeiras, devem respeitar a legislação brasileira, especialmente em temas sensíveis como discurso de ódio e fake news. Antes do pronunciamento, Lula reuniu-se com ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rui Costa (Casa Civil) e Geraldo Alckmin (vice-presidente) para discutir as medidas de resposta. O encontro no Palácio do Planalto terminou por volta das 20h.

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