REVOLTA - Irmã de jovem assassinado em Lunadelli, diz que foi a delegacia, e ao invés de um Policial, foi atendida por um dos acusados do crime
Quem não se recorda do “Crime do Guaretá” , no caso em que um jovem foi brutalmente assassinado no Bairro Primavera, região do Guaretá, em Lunardelli. Um dos crimes mais violentos praticados no Vale do Ivaí. A vítima é Rodrigo Nunes Cardoso, na época com 18 anos. Inicialmente falava-se em mais 40 facadas, e depois a informação extraoficial dava conta de que foram mais de 80 golpes. Mas estamos relembrando o crime apenas para relatar o que aconteceu na Delegacia, de São João do Ivaí, neste feriado de Carnaval (fevereiro, de 2015). Uma irmã do jovem morto, disse que precisou ir na delegacia de São João, onde os acusados estão presos; mas sua ida ao local era para resolver outras questões, e quando chegou na D.P., qual foi sua surpresa... quem a atendeu, como se fosse um Policial Civil, foi nada mais nada menos do que o preso de confiança “Jair Ferreira”, que é um dos quatro acusados do brutal assassinato. Ela não se conteve, e partiu para cima do detento aos gritos e possuída pela revolta, e houve muita confusão. Pouco depois, nossa reportagem conseguiu falar com ela, e aos prantos ela revelou que é muito difícil suportar tanto descaso. “Meu irmão foi violentamente assassinado, o julgamento dele já foi marcado e desmarcado algumas vezes, espero que se nada ocorrer de extraordinário, dia 04 de março o júri aconteça. É duro suportar a angústia para se ter o sentimento de Justiça. Sei que nada vai trazer ele de volta, mas lutar pela pena máxima daqueles que o mataram, é o único gesto de amor a ele, que ainda nos resta. Rodrigo morreu, mas não morreu sozinho, morremos juntos, e agora estamos sem esperança, sem perspectiva numa vida que se tornou tão vazia. Justiça, Justiça... é só isso que queremos”, disse a irmã. Coincidentemente ou não, uma semana antes, o repórter Berimbau havia comentado o fato pela Rádio Nova Era/ Vale do Ivaí. “O Estado está falido, e uma das situações é esta de Lunardelli. Não estamos prejulgando ninguém, mas se quatro pessoas foram detidas acusadas, a Polícia os matem detidos, e o Tribunal de Júri é que vai decidir. Agora, dar tratamento vip, transformar o preso em homem de confiança; tirando da família da vítima a liberdade de ir na delegacia, é algo absurdo. É como se a vítima solta em liberdade estivesse presa, e o acusado, mesmo detido, estivesse em liberdade. Por isso é algo que nunca vamos compreender”, disse “Berimbau”. Com certeza o episódio que aconteceu com Patrícia, irmã do jovem assassinado é algo para se refletir. Não culpo o acusado nem vítimas, mas sim o Estado.
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