19/08/2021

APUCARANA - ACIA se posiciona contrária a uma nova praça de pedágio na região

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (ACIA) se manifestou ontem totalmente contra a implantação de mais uma praça de pedágio na região. A entidade, ao lado de outros setores organizados da sociedade, assinala que está vigilante e atenta, acompanhando, de maneira permanente, todo o processo até a versão final do novo modelo de concessão. O presidente da ACIA, Wanderlei Faganello, explica que a diretoria tomou a decisão, baseada nos aspectos econômicos e sociais que isto pode acarretar. “O Vale do Ivaí precisa de apoio. E uma nova praça de pedágio teria efeito extremamente nocivo, no campo econômico e social, prejudicando todo o esforço gerado por anos em prol dos municípios que compõem a região”, argumenta Faganello. Outros fatores considerados incluem o fato de que pagar pedágio para acessar o comércio, as indústrias e demais serviços acabam por inviabilizar e atrapalhar muitos negócios. “Os pedágios precisam ficar distantes dos centros urbanos, pois acabam dividindo as cidades e desestabilizando a economia local. Não vemos isto ser levado em consideração e nem a distância entre as praças”, ressalta o presidente da ACIA. Faganello lembra que em fevereiro deste ano, representantes de associações de profissionais, clubes de serviço, lojas maçônicas, sindicatos patronais e de trabalhadores do comércio e da indústria, instituições superiores e entidades sociais discutiram a proposta do novo modelo de rodovias pedagiadas do Paraná. “As audiências eram públicas. Foram promovidas pelo Ministério da Infraestrutura e Logística, Secretaria de Estado da Infraestrutura e Logística, e pela Frente Parlamentar do Pedágio. Todas as entidades apucaranenses e da região foram unânimes em se posicionar contra o pedágio. E fomos além, pedimos a conclusão das obras do Contorno Leste e a duplicação do Contorno Norte, que estavam previstas no primeiro contrato firmado entre as concessionárias e o governo”, frisa Faganello. A diretoria da ACIA destaca ainda que Apucarana e a Região já foram castigadas com o “anel de integração” criado há 25 anos. “Obras que foram pagas e que já deveriam ter sido entregues - como os contornos -, não aconteceram. Fomos penalizados, junto com toda economia paranaense, em função do alto custo das tarifas fixadas nas praças de pedágio, ao mesmo tempo em que as concessionárias nos ofertavam rodovias simples na maior do tempo da concessão”, argumenta Faganello. Para a ACIA, uma nova praça de pedágio, na principal via de acesso ao Vale do Ivaí, além de apartar os municípios, dificulta o comércio já combalido e inflaciona os custos do transporte, produtos e serviços. “Depois de 25 anos pagando, ainda teremos de pagar novamente por algo já construído. Um pedágio de manutenção, justo para compor os outros projetos em determinados locais são instrumentos necessários para garantir investimentos, boas condições e maior segurança nas vias, mas não nos dividindo dos nossos municípios vizinhos. Não se pode atrapalhar a locomoção regional que gera renda pela livre iniciativa de ir e vir. Aqui não aceitaremos isso e essa é nossa posição”, conclui o presidente da ACIA, Wanderlei Faganello

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