Por 433 votos a favor e um contra, a Câmara dos Deputados elegeu nesta quinta-feira (17 de março) a comissão que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma. A comissão foi instalada e já foram eleitos o presidente, o deputado Rogerio Rosso, do PSD, partido formalmente aliado da presidente Dilma Rousseff; e o relator, é o deputado Jovair Arantes, do PTB, aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. São 65 deputados titulares de 24 partidos. O PMDB e PT, o Partido dos Trabalhadores, tem o maior número de integrantes, oito deputados cada um. No início da tarde, o PMDB chegou a indicar cinco deputados governistas e três pró-impeachment, mas aí houve uma mudança. Agora são quatro deputados governistas e quatro deputados pró-impeachment. E olhando os integrantes da comissão parece que o governo tem uma pequena maioria, mas é uma maioria não muito fiel, bastante instável, que pode mudar a qualquer momento. Foi o que o líder de um partido governista disse: tudo vai depender dos próximos acontecimentos. A eleição da chapa única, com voto aberto, como determinou o Supremo Tribunal Federal foi numa sessão bastante tumultuada. Foram horas assim: governistas criticando o processo de impeachment e a oposição rebatendo. Até que a chapa única foi eleita. Com a comissão instalada, a presidente Dilma Rousseff vai ter até dez sessões do plenário da Câmara para apresentar a defesa. Depois, são mais cinco sessões para a comissão indicar se o processo deve ou não ser aberto. A decisão da comissão irá para o plenário da Câmara. Se 342 deputados aprovarem o processo de impeachment, ele segue para o Senado - onde outra comissão decide se a denúncia será ou não arquivada. A decisão final é do plenário do Senado. Se os senadores aprovarem a abertura do impeachment, a presidente Dilma será afastada do cargo por 180 dias. E assume o vice, Michel Temer. O Palácio do Planalto já foi informado formalmente de que a tramitação do processo de impeachment começou na Câmara. O pedido de impeachment que está em discussão é aquele das chamadas pedaladas fiscais. Mas a comissão pode discutir se outras questões serão acrescentadas ao pedido.
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