08/03/2024

IVAIPORÃ - Camponesas marcham pelo fim da violência contra as mulheres

O Dia Internacional das Mulheres, celebrado nesta sexta-feira (8), traz para o mês de março o foco das mobilizações e atividades pelo fim da violência de gênero e pelos direitos femininos. No Paraná, marchas, formações, audiências e assembleias estão sendo preparadas por mulheres integrantes de movimentos populares, sindicatos e coletivos locais, de todas as regiões do estado. As camponesas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Paraná somam suas iniciativas à Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra. Com o tema “Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”, as mulheres trazem no centro da pauta a luta contra as violências e também pela conquista da Reforma Agrária.  Em Ivaiporã, Vale do Ivaí, nesta sexta-feira foi realizada uma marcha trazendo a pauta de denúncia das violências contra as mulheres. A reivindicação central é a cobrança a identificação do autor feminicídio da Maria Raimunda Correia, conhecida como Raimundinha, assassinada dia 17 de abril de 2023, no Assentamento Oito de Abril em Jardim Alegre - inicialmente pensava-se que ela foi morta vítima de um ataque de cães, mas investigação da Polícia Civil de Ivaiporã apontou que Raimunda foi vítima de assassinato, e o caso segue em investigação. Participaram cerca de 260 mulheres do MST, Sindicato dos Trabalhadores e APP Sindicato. O Delegado, Dr. Erlon Ribeiro, divulgou nota sobre o caso. "Inicialmente a Polícia Civil parabeniza o movimento pela forma pacifica pela qual exerceu o direito constitucional de manifestação. Informa que representantes do movimento foram recebidos sendo apresentadas as conclusões investigativas já documentadas. Esclarece que o caso sempre foi prioritário por ser tratar de crime contra a vida. No entanto, a       investigação é de elevada complexidade, sendo classificado como homicídio apenas após a realização de inúmeros exames periciais. Ao todo foram ouvidas 18 testemunhas, 10 exames periciais foram realizados  incluindo DNA,     toxicologia, papiloscopia, exames veterinários nos animais que teriam mordido a vítima, exame de local de morte, exame de necropsia, dentre outros. Apesar de todas as diligencias realizadas, até o presente momento, não há elementos seguros quanto a autoria delitiva.  É importante esclarecer que o trabalho investigativo da Polícia Civil é técnico não sendo baseado em achismos ou conjecturas. Em nenhuma hipótese o Delegado de Polícia pode representar por prisão ou outra medida cautelar sem que existam elementos seguros de autoria.  Dessa forma, a Polícia Civil informa que o caso segue em investigação estando aberta a receber    informações que possam auxiliar no total esclarecimento do caso", diz a nota. 

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