17/09/2018

OPERAÇÃO - PC prende acusados de desviar dinheiro de contas bancárias

No Paraná até um cantor sertanejo foi preso em Ponta Grossa  
             A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu 45 mandados de prisão contra acusados de integrar uma quadrilha nacional especializada em crimes cibernéticos e lavagem de dinheiro. Cerca de 30 pessoas foram presas. No Paraná, em Ponta Grossa, foi detido o cantor sertanejo Rick Ribeiro. Ele seria um dos hackers do grupo e usaria o dinheiro das fraudes para financiar seus clipes. Segundo a investigação, com o que era roubado o cantor comprava carros de luxo. Um dos veículos foi avaliado em R$ 500 mil. Ainda segundo a polícia, outros integrantes da quadrilha também ostentavam dinheiro do esquema na internet. Procurada pela imprensa, inclusive pelo Portal G1, a defesa de Rick Ribeiro disse que ainda não teve acesso aos autos. Os mandados foram cumpridos em seis estados: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia, além do Rio de Janeiro. Os investigados foram denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro, pela prática de crimes patrimoniais, com subtração de valores das contas bancárias por meio de transações fraudulentas, além de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ao todo, 237 pessoas estão envolvidas no esquema fraudulento. Esta é a segunda etapa da Operação Open Doors, cuja primeira fase foi desencadeada em agosto de 2017. Uma das fraudes aplicadas pelo grupo é o envio aleatório de e-mails e mensagens por celular a milhares de pessoas. As mensagens eram identificadas como sendo de instituições bancárias e pediam para que os clientes atualizassem suas senhas clicando em um endereço específico na internet. Ao clicar nesses endereços, as vítimas eram direcionadas a websites com programas capazes de capturar informações de contas e senhas, que permitiam à quadrilha retirar quantias dessas contas de forma fraudulenta. Outro golpe do grupo, que causava prejuízos ainda maiores segundo o Ministério Público (chegando a R$ 500 mil em alguns casos), era a ligação telefônica para potenciais vítimas. Os fraudadores se faziam passar por funcionários de bancos para obter dados pessoais. Entre os alvos estavam inclusive funcionários do setor financeiro de grandes empresas. “Os integrantes da organização adotaram mecanismos para camuflar a origem ilícita do produto de seus crimes econômicos, na figura típica conhecida como lavagem de dinheiro, por meio da utilização de ‘laranjas’ na compra de terrenos, apartamentos e salas comerciais e para a ocultação de patrimônio”, diz nota do MP. (Agência Brasil). 

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